Vacinas para crianças
O Brasil não é um país sério, teria dito Charles De Gaulle, não com esse sentido, mas a pecha ficou.
. E quando vemos o mesmo ciclo de Covid que vivemos há 12
meses repetir-se, não tem como não lembrar De Gaulle: autoridades acreditando
que é o fim da pandemia, as pessoas promovendo festas, muitos abandonando as
máscaras, hospitais lotando e com seus médicos e enfermeiros adoecendo
novamente. A Ômicron chegou!
Espera-se
que as Forças Armadas estejam mais preparadas, mas 32,2 mil soldados do
Exército (15% do total) e 4,3 mil (6,6%) da Aeronáutica negaram-se a receber a
vacina.
Do
total de soldados, foram completamente imunizados contra a Covid, 121,2 (56,3%)
do Exército e 36,5 (54,9%), mil da Força Aérea Brasileira (FAB). A Marinha
recusou-se a divulgar a informação. Eita!
Um
estudo feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), com dados da Covid-19
de dezembro, em Minas Gerais, mostra que uma pessoa não vacinada corre um risco
11 vezes maior de morrer em decorrência do vírus do que uma pessoa imunizada
completamente. A média de taxa de óbitos por 100 mil habitantes no estado foi
de 0,06 para vacinados com duas doses ou única, para os que tomaram apenas uma
dose, a taxa é de 0,12 e para os que não tomaram a vacina, 0,71.
Então,
façamos um exercício de raciocínio: quem na sua casa não se vacinou? Quem?
Quem? Isso mesmo, suas crianças. E por que nossas crianças estão desprotegidas
se já tem vacinas prontas para uso e aprovadas pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa)? Pois é, a Anvisa aprovou no dia 16 de dezembro
último a vacina para imunização contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de
idade. A autorização veio após uma análise técnica criteriosa de dados e
estudos clínicos. Segundo a equipe técnica da Anvisa, as informações avaliadas indicam
que a vacina é segura e eficaz para o público infantil, conforme solicitado
pela Pfizer.
A
vacina para crianças tem dosagem e composição diferentes daquela utilizada para
os maiores de 12 anos, será aplicada em duas doses de 0,2 ml (equivalente a 10
microgramas), com 21 dias de intervalo entre as doses. A tampa do frasco da
vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de
vacinação e também pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para
serem vacinadas. Para os maiores de 12 anos, a vacina, é aplicada em
doses de 0,3 ml, com tampa na cor roxa. A vacina também tem esquema de
conservação diferente, já que pode ficar por 10 semanas em temperatura de 2ºC a
8ºC.
A
Anvisa ainda teve colaboração de especialistas da Associação Brasileira de
Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
(SBPT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de
Imunologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Fizeram a parte deles,
infelizmente o Ministério da Saúde enrola para fazer a parte que lhe cabe e só
fazem quando a Justiça manda. Genocidas? Infanticidas? Precisamos criar
palavras para aperfeiçoar a capacidade de comunicação do Português!
Mario
Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot. com) é Tecnologista Sênior do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.
MARIO EUGENIO SATURNO - Quociente de Inteligência Política