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Torres,07/05/2024

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Primeira onça nascida em Refúgio de Itaipu é levada para acasalamento em Goiás

Médico veterinário e biólogo fizeram o transporte da onça Cacau até o criadouro mantido pela ONG Instituto NEX.

Fonte: Itaipu Binacional.
Primeira onça nascida em Refúgio de Itaipu é levada para acasalamento em Goiás Marcos Oliveira/Itaipu Binacional.

Depois de percorrer mais de
1.500 quilômetros, numa viagem terrestre com duração de 30 horas, a Cacau,
primeira onça nascida no Refúgio Biológico Bela Vista da usina de Itaipu,
chegou na última quarta-feira (12) ao recinto da organização não governamental
Instituto NEX, que mantém um abrigo de onças em Corumbá de Goiás (entorno do
Distrito Federal).

 Cacau foi levada para uma
tentativa de namoro e acasalamento com Oxóssi, uma onça-pintada melânica como
ela. Depois de uma temporada no Distrito Federal, Cacau seguirá para seu
destino final, o Zoológico Municipal de Curitiba, onde está sendo construído um
recinto especial para receber a nova moradora até o final do ano.

 A tentativa de reprodução
faz parte do Programa Nacional de Manejo Ex Situ da Onça-Pintada, coordenado
pela Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil e pelo Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade, do Ministério do Meio Ambiente.

 Inicialmente, Cacau, que tem
6 anos e pesa 79 quilos, faria a viagem de avião, mas não havia tamanho
adequado de caixa para o transporte em aeronave. A viagem foi acompanhada pelo
médico veterinário Pedro Henrique Ferreira Telles e o biólogo Marcos José de
Oliveira, ambos da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu.

 Os dois empregados de Itaipu
se dividiram nas tarefas de dirigir a caminhonete e oferecer os cuidados
básicos com a onça, para quem foi preparada uma cama de feno, para tornar a
viagem o mais confortável possível.

 A saída de Foz do Iguaçu foi
às 4h de terça-feira (11) e a chegada ao criadouro conservacionista foi às 10h
da quarta-feira (12). Por questão de segurança e comodidade, houve uma pausa
para dormir, da qual Cacau também usufruiu.

 Preparativos

 Para acostumar Cacau à
viagem, ao longo de um mês, a onça passou por um condicionamento para entrar e
sair da caixa. E deu certo. Graças ao condicionamento feito pela bióloga
terceirizada Júlia Castro Lima Dias, ela aprendeu o processo apenas ouvindo seu
nome.

 “Cacau não precisou ser
submetida a nenhum tipo de sedativo ou tranquilizante e ficou 100% consciente e
calma durante todo o trajeto, que fez em grande parte acordada”, conta Pedro.

 A cada duas horas, eles
paravam o veículo para ver as condições da viajante, como temperatura e grau de
conforto. Cacau recusou comida e água durante o deslocamento, mas chegou ao lar
temporário com boa hidratação. O animal tolera até três dias sem alimentação.

 “Foi uma viagem cansativa
para os motoristas, mas bastante tranquila para a Cacau. A gente abria a
ventilação da caixa nos momentos de maior calor e fechava quando esfriava”, diz
Pedro.

 Namoro

 Cacau deve ficar no local,
que hoje abriga 24 onças, de três a seis meses, período mínimo previsto para a
aproximação com Oxóssi e uma possível prenhez. Com 3 anos e 84 quilos, Oxóssi é
considerado uma boa opção para a reprodução.

 “É bom lembrar que a Cacau
carrega a genética da Mata Atlântica. Como não tem uma onça semelhante para a
reprodução, a mais indicada é a do Cerrado, que tem uma genética mais parecida
com a dela. A mãe da Cacau também é do Cerrado”, explica o veterinário.

 Como a Cacau está perto de
completar 7 anos e está no período reprodutivo, é importante que ela conheça
novos ambientes e o potencial de conservação dessa espécie seja explorado.

Cacau deve ficar alguns dias
em ambientação antes de ser apresentada a Oxóssi. Se der certo o namoro, após
gestação de cem dias, o casal pode ter de um a quatro filhotes.

 Onças de Itaipu

 O Refúgio Biológico Bela
Vista abriga, atualmente, quatro exemplares da espécie: o macho Valente,
encontrado sozinho ainda filhote numa fazenda na divisa entre Mato Grosso do
Sul e São Paulo, em 2007; a fêmea melânica Nena, também encontrada sozinha no Sul
de Goiás, em 2016; e as oncinhas gêmeas Arapuá e Jataí, que estão com sete
meses de vida.

 A Itaipu

 Com 20 unidades geradoras e
14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração
de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,9 bilhões de MWh.
Em 2022, foi responsável por 8,6% do suprimento de eletricidade do Brasil e
86,3% do Paraguai. A empresa tem como missão “Gerar energia elétrica de
qualidade com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento
sustentável no Brasil e no Paraguai.”




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