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Torres,02/05/2024

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Estado realiza ações multidisciplinares para manter a gripe aviária longe das granjas do RS

Um dos focos de influenza em aberto é de mamíferos aquáticos nos municípios de Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Torres

Fonte: Divulgação/Seapi
Estado realiza ações multidisciplinares para manter a gripe aviária longe das granjas do RS Foto: Divulgação/Seapi

Um esforço coletivo e
multidisciplinar, que envolve diversas secretarias estaduais e governos
municipais, tem conseguido manter o vírus da influenza aviária de alta
patogenicidade, o H5N1, do lado de fora das granjas comerciais do Rio Grande do
Sul. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação
(Seapi) vem se reunindo periodicamente com as secretarias estaduais da Saúde,
do Meio Ambiente e Infraestrutura e da Segurança Pública, além da Casa Civil,
para organizar as estratégias de vigilância da gripe aviária no litoral do
Estado, onde os casos têm se concentrado.

A Seapi também publicou, em
10 de outubro, a Nota Técnica nº 10/2023, com orientações sobre o controle da
influenza aviária. O documento contém indicações para a população em geral e
medidas de biossegurança para operadores com sequência de colocação e retirada
de equipamentos, recolhimento e destinação de carcaças e desinfecção.

“O alinhamento é constante
para evitarmos a disseminação do vírus. Sabemos dos riscos que a doença
oferece, e as equipes da Seapi têm trabalhado em ações de vigilância ativa para
levar informações para a população e conscientizar sobre medidas que são
necessárias neste momento”, explica o secretário da Agricultura, Giovani Feltes.

Com a mediação da Federação
das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), a Seapi também tem
se articulado com os municípios litorâneos do Estado no enfrentamento à
enfermidade.  

Equipes das unidades locais
da Seapi estão atuando no atendimento e na investigação dos casos suspeitos,
além de auxiliar e orientar prefeituras sobre procedimentos para recolhimento,
enterro e desinfecção dos equipamentos e maquinários. “Também estamos
oferecendo os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os servidores das
prefeituras que estão realizando os enterros", conta a coordenadora do
Programa Estadual de Sanidade Avícola   Ananda Kowalski.

“Na área ambiental, a
Secretaria do Meio Ambiente e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental têm
sido pautadas com relação à destinação adequada das carcaças dos animais. O
objetivo é controlar a contaminação do meio ambiente e das pessoas,
principalmente na faixa de praia”, informa o secretário adjunto da Secretaria
do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marcelo Camardelli. A orientação está
na Instrução Normativa Sema e Fepam nº 3/2023, que estabelece o procedimento e
as ações para o descarte dos animais mortos.

Focos

O Estado tem hoje quatro
focos de influenza em aberto, registrados nos municípios de Rio Grande, Santa
Vitória do Palmar e Torres (em mamíferos aquáticos) e em São José do Norte (em
ave silvestre). Outro foco foi detectado em maio na Reserva do Taim, também em
aves silvestres, mas já foi encerrado após evidências epidemiológicas e colheitas
negativas.

O protocolo adotado pelo
Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é de que, no momento em que uma
espécie apresenta laudo positivo para a gripe aviária, animais da mesma espécie
que sejam encontrados doentes ou mortos devem ser tratados como casos positivos
da enfermidade, sem necessidade de colheita de amostras e exame diagnóstico.

Até o momento, as seguintes
espécies tiveram laudo positivo para a gripe aviária em território gaúcho:
cisne-de-pescoço-preto, trinta-réis-real, lobo-marinho e leão-marinho. Foram
contabilizados 577 mamíferos aquáticos (leão-marinho e lobo-marinho) enterrados
por conta da influenza no Estado.

Vigilância

Equipes volantes da Seapi se
juntaram às unidades locais para intensificar a vigilância ativa em
propriedades dos municípios litorâneos. “Estamos realizando visitas e
promovendo tanto a comunicação de risco quanto a educação sanitária da
população, apresentando informações sobre os cuidados de não se aproximar de
animais moribundos ou mortos na praia”, ressalta Ananda. “Estamos com um
desafio muito grande de circulação viral numa área do Estado em que não temos
avicultura comercial, mas onde há muita circulação de pessoas e veículos de
outras regiões.”

O Serviço Veterinário
Oficial já acumula 5.625 ações de vigilância ativa desde janeiro de 2023, com
estimativa de 6,84 milhões de aves observadas; além de 3.456 ações de educação
sanitária, com alcance estimado de 3 milhões de pessoas. A vigilância passiva
recebeu 159 notificações de casos suspeitos, com colheita de amostras em 37
dessas ocorrências e quatro casos confirmados. Nenhum desses casos são de aves
de produção – o que mantém o status sanitário do Estado e do país. O painel de
acompanhamento de todas as ações pode ser consultado aqui.

































O Rio Grande do Sul é o
terceiro maior exportador de ovos, o terceiro maior produtor de frango de corte
e o maior exportador de carne do peru do Brasil. A avicultura, tanto comercial
como de subsistência, está presente em 239 mil estabelecimentos agropecuários
do Estado, representando mais de 50% do total de 400 mil estabelecimentos
registrados no Sistema de Defesa Agropecuária da Seapi.




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